
No último dia 31 de julho, a TV Sergipe exibiu no jornal SE TV 2ª Edição, matéria que denunciava o abuso de um policial militar de folga, que queria fazer valer para a sua acompanhante o direito ao passe livre concedido exclusivamente ao militar.As imagens mostram o momento exato em que o policial militar, irritado com a negativa do cobrador do ônibus em conceder à sua acompanhante o direito da gratuidade, saca a sua arma para intimidar o cobrador, causando temor em todos os passageiros.O fato lamentável atenta não só contra a imagem da Polícia Militar, mas também de todos os seus integrantes, uma vez que é comum as pessoas generalizarem esse tipo de comportamento, rotulando toda a classe com base no comportamento de uma minoria, o que é uma injustiça.A Asprase não coaduna com práticas dessa natureza, mas acredita que de todo mal pode se extrair algo de bom. O acontecimento mostrado pela imprensa serve para nos fazer refletir não só sobre o caso específico, mas também sobre tantas outras práticas que infelizmente ainda são comuns entre alguns integrantes da nossa classe.É preciso nos conscientizarmos que temos um papel extremamente importante no meio da sociedade. Não somos somente defensores do povo e guardiões das leis, somos também educadores e formadores de opinião. Influenciamos as pessoas com nosso comportamento, e se ele estiver errado, certamente estaremos transmitindo uma mensagem equivocada à sociedade.Apesar de vivermos em um país onde impera a corrupção, tão enraizada não só no meio político, mas também entres as próprias pessoas no seu dia-a-dia, precisamos dar um exemplo de correção para podermos cobrar do cidadão comum o cumprimento da lei.O passe livre, por exemplo, é uma concessão feita apenas ao policial militar, e todos têm consciência disso. Se o cobrador ou o motorista dão suas caronas, o erro é deles. Quanto a nós, temos que ser exemplo para a sociedade e contribuir para a mudança de comportamento de todos.Talvez não interesse para a sociedade e para o próprio governo ter policiais capacitados, conhecedores e acima de tudo cumpridores da lei, pois policiais assim podem se tornar um incômodo ou até mesmo um risco para algumas pessoas. No entanto, esse é o nosso papel, cumprir e fazer cumprir a lei, indistintamente. Que todos possam refletir sobre isso.
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