O assunto foi bastante debatido hoje pelos vereadores durante a sessão
Uma denúncia de um suposto caso de pedofilia está movimentando os corredores da Câmara de Vereadores de Teresina. O assunto levou a Casa a adotar medidas para investigar o caso. Hoje (23), o vereador Pastor Levino de Jesus (PRB), que é corregedor da Câmara, anunciou que dará inicio às investigações para punir quem supostamente praticou pedofilia. O assunto também foi motivo de discursos em plenário.
Segundo ele, as denúncias foram feitas por um portal de notícias local, mas não traria identificação do acusado. "Pelas denúncias, o caso estaria acontecendo nas dependências da Câmara e ainda não sabemos se é verídica e quem são os envolvidos", explicou, acrescentando que ainda não é possível dar garantias de que o acusado se trata de um vereador da Casa ou de um servidor. "Estamos solicitando dos meios de comunicação que fizeram as denúncias, mais informações para fazermos as investigações", adiantou.
No entanto, o vereador garantiu que, se forem comprovadas as denúncias, as medidas cabíveis serão adotadas pela Casa. "Encaminharemos o processo para a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar para saber quais serão as punições aplicadas. Em último caso, se se tratar de um vereador, ele poderá ter o mandato cassado", pontuou, acrescentando que, "ainda é cedo" para fazer qualquer prejulgamento.
O vereador Rodrigo Martins (PSB), presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, adiantou que as denúncias estão averiguadas e que, se houverem provas concretas, o responsável será punido. "Até que se prove o contrário, não há culpados. Como vereador, cidadão e pai de família quero investigação. É um crime hediondo e precisa haver punição", frisou, acrescentando que, por enquanto, as denúncias foram vagas.
Esse não é o primeiro caso de pedofilia que está sendo alvo de investigações na Casa. Há aproximadamente 13 anos, o vereador Edson Melo (PSDB) viu seu nome envolvido em escândalo semelhante.
Em seguida, foi comprovada sua inocência. Em pronunciamento em plenário, o vereador tucano solicitou que sejam investigadas as denúncias e que o responsável seja punido. "Em 1998 fui alvo de denúncias desse tipo. O Ministério Público constatou que as denúncias eram infundadas.
Ninguém foi punido pelas calúnias. É preciso evitar que isso se repita", frisou, acrescentando que o caso lhe trouxe prejuízos políticos. "Na época eu saí candidato a deputado estadual e perdi as eleições, por poucos votos, por conta das acusações, sendo que eu era inocente", reclamou.
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